Na Educação Especial, temos como proposta a utilização da tecnologia integrada no processo de ensino como um instrumento facilitador do aprendizado e ferramenta para pesquisa. Os usuários do microcomputador, fazem parte de uma clientela com necessidades especiais. São alunos que por etiologias diferenciadas, trazem em seu histórico um atraso no desenvolvimento global. Na maioria das vezes, acompanhados de comprometimentos em uma ou mais áreas específicas da organização cerebral. Alunos com atraso na comunicação verbal e/ou na coordenação motora ( dinâmica global ou específica ), associada ou não por déficit de atenção e/ou hiperatividade.
Nossa metodologia educacional está baseada numa abordagem que acredita no aprender como sendo um processo que está intimamente ligado a um desejo de explorar o mundo, a uma curiosidade de experimentar a novidade, além de ser ainda um processo cerebral que depende tanto da influência de uma herança filogenética importante, garantindo um sucesso inicial desse cérebro num mundo que sofre mudanças lentas, quanto de sua capacidade de inovar e criar novos modelos que sirvam ao propósito de adaptar o animal às suas necessidades de fazê-lo evoluir a fim de gerar soluções para novos problemas que tenha que enfrentar. (Rocha, 1999) Neste contexto, o microcomputador, com seus recursos e ferramentas em multimídia, torna-se um aliado tanto para o Aluno como para o Educador.
A APAE de Jundiaí desde 1997 desenvolve o Projeto de Informática através do sistema ENSCER, elaborado pela EINA – Estudos de Inteligência Natural e Artificial, financiado pela FAPESP. Este software contém jogos e atividades para complementar o processo pedagógico da Escola. Trata-se de um Projeto cujo propósito é o de utilizar o conhecimento fornecido pelas neurociências para orientar o ensino de crianças normais e portadoras de distúrbios ou deficiências de aprendizagem, bem como melhor caracterizar a sua funcionalidade cerebral. Uma abordagem que facilita o processo de alfabetização das crianças, mesmo aquelas portadoras de lesões amplas do sistema nervoso central.
A abordagem proposta pelo sistema ENSCER, inclui o desenvolvimento de Projetos
de Atividades Educacionais, ou seja, é um conjunto de atividades a
serem desenvolvidas pelos educadores e alunos, que visa criar as condições
para que esses últimos desenvolvam uma competência em uma área
do saber.
A Escola de Educação Especial “Profª. Ignêz
Aparecida de Oliveira e Silva Enfeldt” – Apae de Jundiaí,
prioriza nos primeiros ciclos do Ensino Fundamental Adaptado, os Projetos
de Atividades Educacionais sugeridas pelo Sistema ENSCER, a fim de desenvolver
competências, bem como de reforçar os conteúdos curriculares.
A partir de abril de 2000 a APAE foi contemplada pelo PROINESP-MEC com o Laboratório de Informática que ampliou as possibilidades e as formas de atendimentos. E, em 2002 a informática passou a fazer parte da matriz curricular, possibilitando o acesso a todos os alunos (194) da Escola de Educação Especial “Profª. Ignêz Aparecida de Oliveira e Silva Enfeldt” – Apae de Jundiaí.
O Laboratório de Informática é um ambiente de aprendizagem em que os alunos podem pesquisar, fazer simulações, experimentar, digitar, criar novas formas de representação, entre outras possibilidades, permite ainda, a interação e cooperação com outros indivíduos através de diferentes formas de comunicação. Sua infra estrutura, conta com um servidor e mais doze equipamentos interligados a uma rede, contemplando Kit e acessórios de multimídia incluindo o acesso a Internet. Conta ainda, com uma Pedagoga como responsável pelo Ambiente e pela dinâmica dos Atendimentos, dando suporte técnico pedagógico aos professores de sala e aos alunos usuários. O cronograma de atendimento, para cada sala de aula, compreende duas aulas semanais de quarenta e cinco minutos ( cada ).
