Instituto Phala - Itatiba
Trabalhando com a deficiência auditiva
As comunidades de surdos têm desenvolvido processos de comunicação
muito eficientes baseados em linguagem sinalizada. O presente trabalho envolveu
o mapeamento eletroencefalográfico de 10 crianças surdas sinalizadoras
da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e cinco adultos ouvintes estudantes
da Libras, durante tarefas de compreensão de histórias e charadas
sinalizadas. Os resultados mostram que o processamento da LIBRAS envolve uma
participação importante das áreas cerebrais clássicas
(Broca e Wernicke) relacionadas ao processamento lingüístico e
das áreas cerebrais relacionadas ao controle e à interpretação
das formas, dos movimentos e das posições das mãos. Esses
resultados pioneiros no estudo da organização neural da LIBRAS
mostram que o processamento de uma linguagem de sinais envolve componentes
específicos de análise visual diferentes daqueles usados durante
a análise auditiva, além de circuitos comuns de processamento
lingüístico.
:: ENSCER - Ensinando o Cérebro :: 2005 ::