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Artigos EINA - Distúrbios

Aprendizagem e Comportamento

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Uma explicação trivial para esses resultados alarmantes, e aquela assumida pelo MEC, é a de que a falha no processo de ensino decorre de uma má preparação do professor para a realização de suas atividades em sala de aula e que, portanto, a solução do problema virá com o desenvolvimento de programas de capacitação desses docentes.

A má formação profissional é um fato real, constatado com uma simples visita a qualquer escola pública do país e a muitas escolas particulares também. No entanto, uma das causas responsável por cerca de 10% dos alunos que não conseguem aprender permanece desconhecida por todos os responsáveis pela educação. Pesquisas recentes revelaram que por volta de 10% da população mundial em idade escolar sofre de distúrbios de aprendizagem ou comportamento ocasionados por problemas neurológicos, tais como dislexia, discalculia, hiperatividade, impulsividade e déficit de atenção, que acarretam um desenvolvimento insuficiente desses alunos no rendimento escolar e estão entre as principais causas de retenção e evasão escolar (Ansari and Karmiloff-Smith, 2002; Blondis, 1996; Hynd, Hooper and Takahashi, 1998; Lindsay, 1996; Ramus, 2003; Shapiro, 1996; Temple, 2002; Voeller, 1998; Ansari and Karmiloff-Smith, 2002; Lindsay, 1996; McCracken, 1998; Shuresh and Sebastian, 2000).

A dificuldade do aluno em se alfabetizar provoca sérios problemas e atritos com o professor e a direção da escola. A combinação desses problemas com a hiperatividade e impulsividade, por um lado, amplifica os problemas disciplinares e por outro lado gera no aluno uma aversão ao ambiente escolar. O resultado pode ser o aluno abandonar a escola, principalmente quando sua família não é bem organizada e não valoriza a educação escolar.

Numa sociedade cada vez mais tecnológica, o indivíduo analfabeto ou com deficiência em sua formação acadêmica encontra sérios problemas na obtenção de empregos que lhe garantam uma vida econômica satisfatória. O estresse causado por essa situação vai aumentar em muito da desadaptação do indivíduo que abandonou a escola pelos problemas acima expostos. Em particular, sua impulsividade diante de situações difíceis pode rapidamente exacerbar seu comportamento agressivo, resultando em atitudes anti-sociais, que no seu progredir vai resultar na marginalização do indivíduo.

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