Insatisfeitos com todas as limitações das técnicas antigas, a EINA começou a desenvolver uma nova técnica com o uso do eletroencefalograma. Esse aparelho já é utilizado a muito tempo, mas apenas para registrar a atividade elétrica (eletro-) de todo o cérebro (-encefalo-), enquanto o voluntário fica em repouso, fornecendo um gráfico (-grama). Esse aparelho possui fios, chamados de eletrodos, que são fixados no couro cabeludo com uma pasta. Cada fio é colocado em uma região pre-determinda do cérebro para registrar assim a ativação em cada área cerebral.
A EINA, no entanto, idealizou a possibilidade de utilizar o EEG enquanto o voluntário realiza alguma tarefa no computador. Mas, para saber quais as áreas envolvidas na atividade é preciso relacionar trechos do registro de cada eletrodo com todos os demais. Para isso, tivemos que desenvolver um software capaz de realizar uma série de cálculos até agrupar os eletrodos envolvidos na mesma atividade. Mas não bastava somente isso.
Foi preciso desenvolver toda uma metodologia que tornasse essa técnica prática e eficiente, pois era preciso também sincronizar o registro do EEG com as atividades executadas pelo voluntário. Resolvemos utilizar dois computadores: um para registrar o EEG e outro no qual o voluntário executa as atividades.
Dessa forma, pudemos começar a analisar as áreas envolvidas durante atividades mais complexas como escrita, criação de desenhos, etc. Além de termos um registro mais preciso de todas as áreas responsáveis por cada atividade. Com esse conhecimento, nos tornamos aptos a desenvolver materiais que facilitem o aprendizado da criança, por acompanhar o processamento do seu cérebro durante a realização das atividades.