Classificamos as hidrocefalias em: Comunicantes e Não-Comunicantes.
Nas Hidrocefalias Comunicantes o local de obstrução está situado no ESA ou nos locais de absorção do LCR. As causas mais frequentes de Hidrocefalia Comunicante são as Meninges e as Hemorragias. Nesses casos, o único tipo de tratamento consiste na utilização de Sistemas Valvulares (Shunts), constituidos de cateteres, válvulas e reservatórios, que tiram o excesso de LCR dos ventrículos para outras cavidades do organismo. A principal complicação nas cirurgias de implante de Shunt é a infecção, que na sua maioria, manifestam nas primeiras semanas após a cirurgia. Ao longo do tempo, outras complicações podem aparecer, de ordem mecânica e hidrodinâmica.
Nas Hidrocefalias Não-Comunicantes o ponto de obstrução está localizado dentro dos ventrículos ou nas comunicações deste com o ESA. As causas mais frequentes deste tipo de hidrocefalia são os processos tumorais, cistos e malformações congênitas. Nesses casos, muitas vezes a remoção dos mesmos pode desobstruir a circulação liquórica e curar a hidrocefalia, podendo assim ser evitada a utilização dos Shunts. Nessas situações está indicada uma forma de derivação intracraniana, ou seja, realiza-se uma comunicação do ventrículo para o ESA . Atualmente esta cirurgia denominada III ventriculostomia , pode ser realizada de forma muito segura, através da endoscopia cirúrgica.