Em situações normais, o cérebro fica contido e protegido pelo crânio, suspenso por um líquido chamado Líquido Cefaloraquiano (LCR), que é semelhante a água no seu aspecto físico, porém tem composição química diferente, com sais minerais e proteínas.
A hidrocefalia consiste no acúmulo excessivo do Líquido Cefaloraquiano em cavidades internas do cérebro denominadas de ventrículos, provocando a compressão do cérebro e aumento da Pressão Intracraniana, podendo ocorrer de maneira rápida e aguda, intermitente, ou lentamente progressiva.
Os ventrículos são comunicantes entre si, com espaços que circundam todo o cérebro e a medula espinhal, denominado de Espaço Subaracnoideo (ESA). O LCR circula e apresenta um sentido predominante, dos ventrículos para o Espaço Subaracnoideo. Certas estruturas do ESA absorvem o LCR e o despejam no sistema venoso superficial do cérebro.
Teoricamente, poderia ocorrer o acúmulo de LCR nos ventrículos de 3 maneiras:
1. Pela produção excessiva de LCR;
2. Por uma obstrução em qualquer ponto da circulação do LCR;
3. Por uma diminuição na absorção do LCR.
Entre esses itens, a obstrução da circulação do LCR é o mais freqüente. Várias causas ou doenças podem obstruir a circulação liquórica: Malformações Congênitas, Tumores, Meninges, Hemorragias, etc. Devido a esta variedade de causas, a hidrocefalia pode ocorrer em qualquer idade.
Resultante do acúmulo do LCR, os ventrículos dilatam, e a Pressão Intracraniana aumenta, levando ao aparecimento de sinais e sintomas. A manifestação clínica dependerá da idade do paciente e da velocidade de instalação e progressão da hidrocefalia.